sábado, 8 de novembro de 2008

Madrigais

©2007 Jorge Lemos


Nasce Mosco, poeta siracusano no Século II, quando se dava a decadência do helenismo. Seus temas épicos, em versos soltos, como “O Rapto de Europa”, “Megara”, enalteciam o amor como o mais importante sentimento humano.

Para apresentar este meu trabalho, “Sombras e Fragmentos”, livro inteiramente dedicado a minha esposa Stephany, e que será publicado no começo de 2009, recorro à beleza dos seus versos em “Amor Fugidio”, na esperança de me fazer ouvir em todas as minhas preces de ternura...


“Vênus chamava o filho em altas vozes.
Se alguém viu pelo campo (a mãe dizia)
Andar vagando Amor, esse meu filho,
Meu filho que fugiu. Quem souber dele,
Quem notícia me der do meu Cupido
Premiado será. Tem certo um beijo
Nos próprios lábios da amorosa Vênus.
Porém, se mo trouxer terá mais gloria:
Coisas mais doces do que um simples beijo”.



Aos que descobrirem amor qual prêmio a oferecer? Meus versos chamados “Sombras e Fragmentos” estão divididos em quatro partes:

“Madrigais”, com a redescoberta dessa forma poética até esquecida e que Manoel Inácio da Silva Alvarenga, em 1778, tratou com esmero e gosto.

Busco James Joyce com os meus “Versos Híbridos”, quando desprezo as muletas da pontuação para expressar mais livre o que sinto.

“Versos Soltos”, que se enquadram no gênero impressionista, e os

“Versos Livres”, que revelam o coração da terra em todos os seus momentos.

Dedico estes poemas a minha querida Stephany e a todos os que verdadeiramente amam e, em algum instante, conheceram o filho de Vênus, pois foram transpassados pela flecha do irrequieto Cupido.

A partir de hoje, a cada três ou quatro dias, passo a apresentar um dos quinze trechos de “Madrigais”.



Madrigal I


Desculpas EU peço por ferir seus olhos
Com palavras próprias e intransferíveis.

Aqui faço uma confissão de amante:

De amor tão denso
Palavras me pesam o peito
E as libertar preciso
Sacro este momento do partilhar
Ternura

Nestes cinqüenta anos de um caminhar tão junto
Nossas pegadas se transformaram numa.

Ensinou-nos a vida

Não vivermos o amanhã impossível,
Mas sempre o possível do hoje.

Quando se divide a carga no caminhar junto
O braço amigo ampara nos tropeços.

Se há queda, na dor,
As lágrimas são vertidas juntas.





(Imagem: "Apolo e Daphne", tempera sobre painel, ano 1470, de Antonio del Pallaiolo)

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Comentários

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Jorge e Stephany,
Meus amigos, que conheci através da internet - lindas pessoas, amigos queridos...

"(...)Se há queda, na dor,
As lágrimas são vertidas juntas."

Esses dois versos são a figura de um amor verdadeiro. Amo vcs dois.
Beijos engasgados

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Comentário de Blogger Anne M. Moor, em 9 de novembro de 2008 às 00:09  

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Anne
Solidária amiga. testemunha de um tempo quando a distância encurta
através de um simples grão de areia, um chip.
Beijos

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Comentário de Blogger Jorge Lemos, em 9 de novembro de 2008 às 09:42  

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Eros e Psique, aliás no livro she de Robert Johnson ele conta este mito. Lindo, lindo...
Beijokas no coração pai e mãe
Aline

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Comentário de Anonymous Anônimo, em 9 de novembro de 2008 às 20:12  

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Precisa mesmo de um coração forte para receber estas demonstrações de amor, Mestre. A minha admiração talvez não seja tão perturbante para o seu coração, mas é igualmente intensa.
Um abraço do amigo.
António

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Comentário de Blogger A.Tapadinhas, em 10 de novembro de 2008 às 07:28  

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Aline
Você, fruto de um amor intenso,
se,pre nos premiou pela dedicação e ternura.

Baijos da Mãe e do Pai

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Comentário de Blogger Jorge Lemos, em 10 de novembro de 2008 às 08:41  

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Antonio Amigo
Suas palavras dão alento pela intensa força e energia que guardam.
Sou seu fã, admirador e comparsa.
Abraços
Jorge Lemos

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Comentário de Blogger Jorge Lemos, em 10 de novembro de 2008 às 08:43  

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dão-me

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Comentário de Blogger Jorge Lemos, em 10 de novembro de 2008 às 08:43  

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Jorge, você tem a impressão de que eu não venho até aqui porque pouco comento. Mas eu realmente fico sem saber o que dizer diante de tanto... o quê? amor, beleza, generosidade...
O que dizer?
Obrigada!
...e um beijo, a você e à Stephania

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Comentário de Blogger Udi, em 10 de novembro de 2008 às 21:56  

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Não chegarei a escrever assim a qualquer mulher. Covardia. Estatisticamente falando, não viverei 50 anos com alguma para poder dizer o mesmo.
Viva a Estefania. Vida à Estefania.

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Comentário de Blogger Ernesto Dias Jr., em 11 de novembro de 2008 às 17:30  

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Udi

Gratissimo pela presença.

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Comentário de Blogger Jorge Lemos, em 13 de novembro de 2008 às 09:41  

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Ernesto

Necessitamos levar um papo longo. Ligue-me.
Quanto ao tempo? Algumas delas podem provocar a sensação de uma eternidade.
Abraços

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Comentário de Blogger Jorge Lemos, em 13 de novembro de 2008 às 09:43  

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Salve Jorge!
Coração transbordante
Pena fértil
Sabedoria e inteligência
* Toda vez que venho fico "pasma".


Viva você ,sua inspiração e sua musa inspiradora.
Beijo grande cheio de saudade , com a admiração de sempre.

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Comentário de Blogger Lú, em 16 de novembro de 2008 às 03:53  

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Jorge,

(Com esse nó que aperta de emoção)
Coisa mais linda!!!

Sabe, me lembra Rubem Alves, quando diz que pra ser "marido" e "esposa" não é preciso amar, por isso é que gosta da palavra "AMANTES".
"Amantes, são aqueles que se amam."

Assim...assim como vocês!

Beijos (muitos!) à você e à tua amante de uma vida!

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Comentário de Anonymous Anônimo, em 16 de novembro de 2008 às 11:50  

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Lú, queridissima amiga\;
bom, muito bom, ter você como verdadeiro prêmiopela amizade
que desfruta,mos.; Estamos, também, saudósos.
De todos nós. Venha.

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Comentário de Blogger Jorge Lemos, em 16 de novembro de 2008 às 11:58  

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Angela, senhora dos nossos trigais:
cada aparição sua, neste blog, sensabiliza-me pela ternura da amizade.
Saudosos
Todos nós. Beijos

"

Comentário de Blogger Jorge Lemos, em 16 de novembro de 2008 às 12:01  

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