sábado, 17 de julho de 2010

Mineirices Poéticas

©2007 Jorge Lemos



Comentários

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Jorge
O Drummond é um dos meus poetas prediletos. Tenho vários livros dele. Este poema dele é um que diz muito sobre mim e minha vida:

Mãos dadas
Não serei o poeta de um mundo caduco.
Também não cantarei o mundo futuro.
Estou preso à vida e olho meus companheiros.
Estão taciturnos mas nutrem grandes esperanças.
Entre eles, considero a enorme realidade.
O presente é tão grande, não nos afastemos.
Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas.
Não serei o cantor de uma mulher, de uma história,
não direi os suspiros ao anoitecer, a paisagem vista da janela,
não distribuirei entorpecentes ou cartas de suicida,
não fugirei para as ilhas nem serei raptado por serafins.
O tempo é a minha matéria, o tempo presente, os homens presentes,
a vida presente.

Grande beijo
Anne

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Comentário de Blogger Anne M. Moor, em 18 de julho de 2010 às 09:59  

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No mundo temos algumas janelas e infinitos muros.
Destas poucas janelas a nos defenestrar a vida, te encontramos sempre remechendo nos tesouros das gentes.
Gente que criou mundos, falou verdades, cantou amores e tristezas, e agora através de ti se tornam presentes.

És um rio a margear a nossa existência, plantando o que há de mais divino na vida a humanidade das almas imortais.

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Comentário de Blogger vittorio, em 20 de julho de 2010 às 15:14  

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ops: remexendo

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Comentário de Blogger vittorio, em 20 de julho de 2010 às 15:15  

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Jorge,

Que delícia começar o dia assim!
Você sabe, não sou nenhuma grande entendida de literatura, mas sempre, desde os tempos de adolescente, me fascinava o jeito de ser e de escrever deste poeta mineiro.
Seu amor pela filha e aquele amor clandestino (paixão ao estilo mineiro ou quem sabe necessidade de poeta?..."Sei não!") por Lygia Fernandes também eram literatura.
Adorava. Adoro!

"Resíduo" também é um dos meus prediletos.

Um trecho de "Mundo Grande":
"Não, meu coração não é maior que o mundo.
É muito menor.
Nele não cabem nem as minhas dores.
Por isso gosto tanto de me contar.
Por isso me dispo,
por isso me grito,
por isso freqüento os jornais, me exponho cruamente nas livrarias:
preciso de todos".

Admirável coração. Coração de escritor. Como você!

Beijos com carinho
Angela

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Comentário de Blogger angela, em 21 de julho de 2010 às 08:46  

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Anne
Você presente, ótimo presente para os meus dias presentes.
Vc é d+.
Beijão
Lemos

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Comentário de Anonymous Jorge Lemos, em 21 de julho de 2010 às 11:30  

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Vitório amigo

Abram-se janelas e derrubar muros; esta a tonica. Você me deixa sensibilizado com a aparição no meu blog.
Orgulho-me da sua amizade

Lemos

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Comentário de Anonymous Jorge Lemos, em 22 de julho de 2010 às 08:20  

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Angela, menina minha

Quanto tempo. A saudade quase mata.
Carlos é um destas figuras cuja eternidade nos encanta. Louvo a vida por ter-me encontrado com o mestre inúmeras vezes. Ele impar em todos os seus momentos. Não há epiteto que o defina, pela imensa grandeza daquela cabeça brilhante.

Vê se aparecer.
Beijão de Todos Nós.
Lemos

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Comentário de Anonymous Jorge Lemos, em 22 de julho de 2010 às 08:24  

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Digam-me: não é uma graça?

"Som do v´ão chovendo
Sobre a erva rica,
Flores renascendo
Tudo quanto fica
À alma alegre e bom, teu canto multiplica."

Rápida passagem pelo poeta inglês
Percy Bysshe Shelley (1792-1822)

Assim me vejo com a presença dos amigos

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Comentário de Anonymous Jorge Lemos, em 22 de julho de 2010 às 08:30